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Resumo
O Dr. Alexander Boys, engenheiro biomédico e professor da Escola de Engenharia do Dartmouth College, nos EUA, juntamente com colegas pesquisadores de Dartmouth e também da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, criaram um microdispositivo que pode ser implantado no intestino.
O dispositivo captou as primeiras medições de sinais elétricos no ‘segundo cérebro do nosso corpo’, proporcionando uma nova compreensão de sua interconexão com o cérebro.
“Esta plataforma cria um caminho para uma variedade de intervenções terapêuticas no intestino, o que tem implicações para condições como doença inflamatória intestinal, gastroparesia e outras. O sistema nervoso intestinal tem sido historicamente de difícil acesso, e mostramos aqui não apenas que isso é possível, mas também que podemos extrair informações bastante complexas”, destacou o professor Alexander Boys, primeiro autor do artigo publicado na revista científica Nature Communications.
A Dra. Amparo Güemes Gonzalez, pesquisadora da Universidade de Cambridge e coautora principal do estudo, acrescentou: “Com nossa tecnologia de implante podemos, pela primeira vez, registrar sinais eletrofisiológicos em tempo real do ‘segundo cérebro’ no intestino por períodos prolongados. Isso nos permite estudar como o intestino responde a estímulos fisiológicos, como o estresse, e como reage a tratamentos ou mudanças na dieta, algo que não era possível com os métodos anteriores. Isso abre caminho para uma compreensão muito mais profunda da comunicação intestino-cérebro e seu impacto na saúde. Antes, simplesmente não era possível fazer isso.”
A Dra. Róisín Owens, líder de pesquisa no grupo de Tecnologia de Sistemas Bioeletrônicos do Departamento de Engenharia Química e Biotecnologia da Universidade de Cambridge, destacou: “Essa nova tecnologia proporcionará uma melhor compreensão de como o intestino e o cérebro se comunicam e poderá levar a novos tratamentos para distúrbios digestivos e neurológicos”
Os autores acreditam que o segredo para muitos distúrbios neurológicos reside na forma de interação entre o cérebro e o complexo sistema nervoso do intestino. Mas estudar essa interação tem sido difícil até então, já que o intestino está em constante movimento e os neurônios são dispersos e de difícil acesso.
O minúsculo dispositivo pode ser inserido por laparoscopia em um procedimento ambulatorial, permitindo que os pesquisadores avancem significativamente nas pesquisas.
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Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Publicação
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Nature Communications (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página do Dartmouth College (em inglês).
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