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Adrianna MacPherson, Universidade de Alberta
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Resumo
Após uma revisão de 65 estudos realizados em 24 países, envolvendo mais de 21.000 participantes, pesquisadores encontraram evidências que o treinamento direcionado dos músculos do assoalho pélvico no primeiro ano pós-parto pode reduzir significativamente o risco de disfunções comuns.
Como principal resultado do estudo, os pesquisadores destacaram que exercícios específicos para o assoalho pélvico no primeiro ano pós-parto reduziram o risco de incontinência urinária em 37% e de prolapso de órgãos pélvicos em 56%.
Com o estudo, os cientistas esperam melhorar a conscientização de que, com o apoio adequado e intervenções baseadas em evidências, essas condições são tratáveis e não devem ser aceitas como consequências inevitáveis do parto.
Foco do Estudo
Estudo
O treinamento direcionado dos músculos do assoalho pélvico no primeiro ano pós-parto pode reduzir significativamente o risco de duas disfunções comuns do assoalho pélvico. Esse foi o resultado de um estudo de revisão da literatura publicado na revista científica British Journal of Sports Medicine, que analisou 65 estudos realizados em 24 países, envolvendo mais de 21.000 participantes.
“Antigamente, pensávamos que uma condição como a incontinência urinária era algo com que simplesmente tínhamos que conviver. Nossas mães e avós frequentemente a experimentavam e acreditavam que era preciso conviver com ela”, disse a Dra. Margie Davenport, professora da Faculdade de Cinesiologia, Esporte e Recreação da Universidade de Alberta e coautora do estudo.
A professora Margie Davenport liderou uma equipe de especialistas que compilou a diretriz canadense de 2025 sobre atividade física, comportamento sedentário e sono durante o primeiro ano pós-parto.
“Antes de iniciarmos a diretriz pós-parto de 2025, realizamos uma ampla consulta com mulheres no pós-parto para descobrir quais informações elas gostariam de saber e que gostariam de ver incorporado à diretriz. Elas destacaram os distúrbios do assoalho pélvico e a diástase abdominal como duas áreas-chave sobre as quais gostariam de saber mais”, afirmou a professora.
A Dra. Margie Davenport observou que os distúrbios do assoalho pélvico afetam quase uma em cada três mulheres após o parto, com problemas como incontinência urinária representando uma grande barreira para a atividade física e até mesmo para a participação em situações sociais.
Embora já acreditássemos há algum tempo que o treinamento dos músculos do assoalho pélvico pudesse ajudar com a disfunção do assoalho pélvico, agora temos fortes evidências que confirmam sua eficácia e mostram a extensão de seus benefícios
Resultados
Na revisão da literatura, os pesquisadores descobriram que exercícios específicos para o assoalho pélvico no primeiro ano pós-parto reduziram o risco de incontinência urinária em 37% e de prolapso de órgãos pélvicos em 56%.
A pesquisadora e seus colaboradores também analisaram o efeito do exercício sobre a diástase abdominal, que é “um afinamento e estiramento do tecido conjuntivo entre os dois músculos que correm verticalmente no abdômen, que naturalmente se esticam e afinam para acomodar o bebê”.
“Por muito tempo, pensamos que havia muito pouco que pudéssemos fazer em relação à diástase abdominal sem cirurgia, mas os dados estão começando a mostrar que é possível observar alguma melhora com treinamento abdominal específico”, destacou a especialista.
Mulheres que sofrem com distúrbios do assoalho pélvico no pós-parto devem começar entrando em contato com um fisioterapeuta especializado em assoalho pélvico, sugeriu a Dra. Davenport. Ela também destacou que as opções virtuais estão se tornando mais disponíveis — uma alternativa útil para mulheres que vivem em áreas rurais ou remotas, onde encontrar um fisioterapeuta especializado em assoalho pélvico pode ser um desafio.
A pesquisadora espera aumentar a conscientização de que, com o apoio adequado e intervenções baseadas em evidências, essas condições são tratáveis e não devem ser aceitas como consequências inevitáveis do parto.
Muitas mulheres pensam que terão que conviver com essas condições pelo resto da vida. Isso não é verdade
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Autores/Pesquisadores Citados
Instituições Citadas
Publicação
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica British Journal of Sports Medicine (em inglês).
Mais Informações
Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Alberta (em inglês).
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