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Resumo
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e da Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF) desenvolveram um novo estudo que abre novas perspectivas para o tratamento do melanoma, um câncer de pele agressivo, capaz de se espalhar rapidamente para outros órgãos e de reduzir drasticamente a expectativa de vida dos pacientes.
Apostando no design de moléculas inéditas capazes de bloquear o avanço da doença, o trabalho publicado na revista científica Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences usou ferramentas de química teórica, inteligência artificial (IA) e simulações avançadas.
O Dr. Edilson Alencar Filho, professor da UNIVASF e coordenador da pesquisa, explicou que o estudo permitiu o design de moléculas novas com potencial anti-melanoma, além de revelar o potencial mecanismo de ação.
Os pesquisadores usaram técnicas de aprendizado de máquina para analisar um banco de dados de compostos já testados contra o melanoma e prever quais novas variantes teriam maior chance de sucesso. Essa combinação de IA com simulações de dinâmica molecular permitiu identificar padrões estruturais e acelerar o processo de descoberta, que tradicionalmente seria mais demorado e custoso.
Foram analisados dados de 117 moléculas descritas na literatura científica para o desenho de nove novos compostos da classe das imidazopirazonas, dentre os quais um em especial, chamado Q3, apresentou atividade predita altamente promissora.
As simulações indicaram ainda que os compostos podem se ligar especificamente à Aurora Kinase A, uma proteína-chave envolvida na divisão celular e na proliferação tumoral. Esse tipo de alvo é estratégico porque abre caminho para terapias direcionadas, com potencial de maior eficácia e menos efeitos colaterais.
“A pesquisa lança luzes sobre o mecanismo de ação de uma nova classe de compostos anticâncer e propõe moléculas inéditas que podem ser futuramente testadas”, destacou o professor Edilson Alencar Filho.
Se confirmados experimentalmente, os compostos propostos pelo grupo podem representar um avanço importante no enfrentamento ao melanoma.
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Autores/Pesquisadores Citados
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Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences (em inglês).
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