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Resumo
Pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em Sinop estão liderando uma inovação que pode transformar a silvicultura brasileira. Trata-se do projeto de pesquisa Ecotubete – Plantando o Futuro, que busca substituir os tradicionais tubetes plásticos utilizados em viveiros florestais por alternativas biodegradáveis, de baixo custo e com menor impacto ambiental.
Atualmente, a produção de mudas no Brasil depende quase exclusivamente de recipientes de polipropileno e polietileno, derivados do petróleo e de difícil degradação.
Diferentemente, o projeto aposta em alternativas sustentáveis feitas com fécula de mandioca, fibras naturais, ceras vegetais e resíduos vegetais de baixo custo para o plantio de algumas espécies, como o eucalipto, pinus e teca.
O poli (ácido láctico), ou PLA – um polímero biodegradável obtido de fontes renováveis – está sendo utilizado exclusivamente para a construção de modelos 3D que permitem avaliar diferentes formatos geométricos, estrias internas e reduções no volume de substrato, etapa essencial para definição do melhor design antes da produção em materiais biodegradáveis
O projeto é coordenado pelo Dr. Pedro Henrique Oliveira Simões, professor da UFMT em Sinop, em parceria com o Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica da UFMT e com fomento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT).
A pesquisa está estruturada em três fases: a primeira já em andamento, avalia diferentes modelos de tubetes impressos em 3D para identificar o melhor design, incluindo estrias internas e redução do volume de substrato; a segunda fase consiste na produção em larga escala, com a avaliação de cinco resíduos vegetais de baixo custo para compor os tubetes, buscando a combinação ideal entre resistência, biodegradação e viabilidade econômica; na fase final, o projeto prevê a avaliação da biodegradabilidade dos tubetes produzidos com diferentes resíduos vegetais, observando seu desempenho no solo ao longo do tempo.
A expectativa dos pesquisadores é que o Ecotubete proporcione redução significativa do uso de plásticos, elimine a necessidade de lavagem e retorno de recipientes ao viveiro e reduza os riscos de contaminação por pragas e doenças. Além disso, pode diminuir o tempo de permanência das mudas em viveiro, otimizando a produção e reduzindo custos.
“Estamos desenvolvendo uma solução que une inovação, sustentabilidade e aplicabilidade prática para a produção florestal em escala industrial”, destacou o professor Pedro Simões.
Atualmente, o projeto está em busca de parceiros comerciais interessados na transferência de tecnologia, visando acelerar o processo de desenvolvimento e viabilizar a adaptação da solução para produção em escala industrial.
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