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Uma onda quebrando na praia, lançando respingos de água e criando redemoinhos no ar ao seu redor. Simular essa realidade física em computador é uma tarefa bastante complexa.
Métodos anteriores de simulação computacional de fluidos tinham foco apenas na água e negligenciavam a interação com o ar. Efeitos como borrifos d’água e formação de espuma eram representados de forma simplificada, resultando em diferenças sensíveis entre a simulação e a realidade.
“Conseguimos agora desenvolver um processo que incorpora ambas as fases – água e ar – igualmente. Por meio dessa simulação bifásica, como a chamamos, também podemos representar detalhes como aerossóis e redemoinhos no ar de forma muito mais realista do que em abordagens anteriores”, afirmou o Dr. Nils Thuerey, professor de Simulação Baseada em Física da Universidade Técnica de Munique (TUM), na Alemanha.
No estudo, a fronteira do sistema bifásico entre o ar e a água não é reconstruída como uma superfície fixa, mas sim como uma zona de transição contínua. Para isso, os pesquisadores aplicam um método híbrido que incorpora uma grade e a simulação de partículas.
Enquanto a simulação de grade calcula propriedades físicas como velocidade e pressão, a simulação de partículas captura o movimento e a distribuição do fluido. A simulação se adapta dinamicamente à complexidade do movimento das ondas e se aprimora em áreas onde ocorre o maior movimento – por exemplo, na zona de pulverização de uma onda de arrebentação. Ao mesmo tempo, o sistema conserva recursos computacionais em áreas menos ativas.
“Ao concentrar nossa simulação apenas em determinadas áreas, economizamos bastante poder computacional e também podemos calcular com eficiência movimentos de ondas altamente complexos com bilhões de partículas e células de grade em um sistema padrão”, afirmou Bernhard Braun, primeiro autor do estudo e doutorando na área de Simulação Baseada em Física da TUM. “Ao mesmo tempo, essa abordagem nos permitiu simplificar o cálculo da diferença de pressão entre o ar e a água. Isso sempre foi um grande desafio na simulação bifásica.”
A simulação de fluidos em larga escala tem aplicações potenciais em áreas como a oceanografia, por exemplo. Por meio da simulação de ondas altas ou até mesmo falhas em barragens, isso poderia ajudar a fornecer melhor proteção às regiões costeiras contra inundações ou outros eventos climáticos extremos.
O estudo foi publicado na revista científica ACM Transactions on Graphics.
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Autores/Pesquisadores Citados
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Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica ACM Transactions on Graphics (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Técnica de Munique (em inglês).
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