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Quando as células morrem, elas deixam para trás uma espécie de registro de atividade: RNA expelido no plasma sanguíneo – conhecido como RNA livre de células (cfRNA) – que revela alterações na expressão gênica, sinalização celular, lesão tecidual e outros processos biológicos.
Recentemente, pesquisadores da Universidade Cornell, nos EUA, desenvolveram modelos de aprendizado de máquina que podem filtrar esse cfRNA e identificar biomarcadores-chave para a encefalomielite miálgica, também conhecida como síndrome da fadiga crônica (SFC).
A nova abordagem pode levar ao desenvolvimento de testes diagnósticos para uma doença debilitante que se mostrou difícil de confirmar em pacientes, pois seus sintomas podem ser facilmente confundidos com os de outras enfermidades.
A pesquisa foi uma colaboração entre os laboratórios do Dr. Iwijn De Vlaminck, professor de Engenharia Biomédica, e da Dra. Maureen Hanson, professora da Faculdade de Agricultura e Ciências da Vida, ambos da Universidade Cornell. O Dr. Iwijn De Vlaminck e a Dra. Maureen Hanson são autores sêniores do estudo, que teve Anne Gardella, doutoranda em Bioquímica no laboratório do professor Iwijn De Vlaminck, como autora principal.
“Ao ler as impressões digitais moleculares que as células deixam no sangue, demos um passo concreto em direção a um teste para a síndrome da fadiga crônica”, disse o professor De Vlaminck. “O estudo mostrou que um exame de sangue pode fornecer pistas sobre a biologia da doença”.
Usar cfRNA para medir a renovação celular sistêmica em pacientes é um conceito relativamente novo e pareceu particularmente adequado para desvendar o mistério da SFC.
“A SFC afeta diversas partes do corpo: o sistema nervoso, o sistema imunológico e o sistema cardiovascular. A análise do plasma permite acessar o que está acontecendo nessas diferentes partes”, destacou a professora Maureen Hanson.
Os modelos de classificadores de cfRNA apresentaram 77% de precisão na detecção da SFC – que ainda não é uma precisão suficiente para um teste diagnóstico, apesar de ser um avanço substancial na área.
Os pesquisadores esperam que a abordagem possa ajudá-los a compreender a biologia complexa por trás de outras doenças crônicas, bem como a diferenciar a SFC da COVID longa.
As descobertas foram publicadas na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
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Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade Cornell (em inglês).
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