
Divulgação, Tissium
Polímero biocompatível (substância azul semelhante a um gel na ilustração) se adapta aos tecidos e uma câmara impressa em 3D (tubo transparente no centro)
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Zach Winn, MIT News
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Resumo
Uma nova tecnologia baseada em polímeros flexíveis e biocompatíveis pode mudar a fixação de tecidos durante procedimentos cirúrgicos, aumentando a efetividade do procedimento, reduzindo a dor e evitando a agressividade de procedimentos como sutura, grampeamento, uso de malhas ou adesivos.
A tecnologia foi aprovada recentemente pela agência FDA nos EUA para a reparação de nervos periféricos, e novos estudos clínicos pretendem aumentar a gama de aplicações para tecidos cardiovasculares, paredes abdominais ou mesmo hérnias.
Após a reparação cirúrgica de tecidos, cirurgiões frequentemente usam recursos mecânicos como suturas, grampos, malhas ou mesmo adesivos para consolidar o tecido manipulado.
Mas agora, uma nova tecnologia desenvolvida inicialmente em laboratórios do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, poderá melhorar este processo de fechamento tecidual: uma nova plataforma de polímeros flexíveis e biocompatíveis poderá reparar o tecido em uma cirurgia de forma mais efetiva e menos agressiva.
A tecnologia está sendo oferecida comercialmente (nos EUA) pela Tissium, uma empresa fundada por pesquisadores do MIT.
“Nosso objetivo é tornar essa tecnologia o novo padrão em fixação”, afirmou a Dra. Maria José Pereira, cofundadora da Tissium, que começou a trabalhar com polímeros como doutoranda no Programa MIT Portugal.
Recentemente, a Tissium recebeu autorização de comercialização da agência regulatória Food and Drug Administration (FDA) para sua solução sem sutura com a finalidade de reparar nervos periféricos. A autorização de comercialização da FDA reconhece a inovação da plataforma da empresa e permite a comercialização do primeiro produto da spin-off do MIT.
A autorização veio após um estudo clínico recente com 12 pacientes, que conseguiram recuperar movimentos de flexão e extensão completos de dedos lesionados e relataram ausência de dor por até 12 meses após a cirurgia.
No início do desenvolvimento da tecnologia, os pesquisadores já tinham demonstrado que podiam usar os biopolímeros para selar perfurações no coração de ratos e porcos sem sangramento ou complicações.
Isso não só pode ser usado para fixação de tecidos em toda a medicina, como também podemos aproveitar o método de impressão 3D para fabricar todos os tipos de dispositivos médicos implantáveis a partir da mesma plataforma polimérica. Nossos polímeros são programáveis, então podemos programar a degradação, as propriedades mecânicas, e isso pode abrir caminho para outros avanços empolgantes em dispositivos médicos com novas capacidades
Após licenciar a tecnologia a partir do MIT, a Tissium trabalhou na escalabilidade da operação comercial. Os fundadores firmaram parcerias com empresas especializadas em sintetizar polímeros e criaram um método para imprimir em 3D um revestimento para nervos com o polímero.
Ao dispensar o uso de suturas, a tecnologia de polímeros flexíveis da Tissium pode funcionar com uma variedade de tipos de tecidos, desde nervos até tecidos cardiovasculares e paredes abdominais. Atualmente, a Tissium possui seis produtos em desenvolvimento, incluindo um estudo clínico em andamento na área de hérnias e outro com início previsto para uma aplicação cardiovascular.
Agora, a equipe da Tissium está incentivando profissionais da área médica a entrarem em contato se acharem que a plataforma pode melhorar o padrão de atendimento e os resultados em cirurgias específicas.
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Acesse a notícia original completa na página do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (em inglês).
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