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Uma equipe interdisciplinar de pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, desenvolveu uma bioadesivo ultrarresistente e ecologicamente correto a partir de resíduos marinhos.
A descoberta tem aplicações promissoras para o tratamento de feridas, cirurgias, administração de medicamentos, dispositivos vestíveis e implantes médicos.
“Ser capaz de produzir adesivos que possam fechar feridas ou fazer com que algo adira fortemente à pele é fundamental para muitas intervenções médicas”, disse a Dra. Audrey Moores, professora do Departamento de Química da Universidade McGill e autora sênior do estudo, juntamente com o Dr. Jianyu Li, professor do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade McGill.
“Muitos produtos bioadesivos existentes são baseados em compostos tóxicos, embora, em geral, haja a necessidade de explorar novos materiais que demonstrem alta adesão e forte resistência à fadiga, ou a capacidade de se manterem firmes mesmo se forem separados repetidamente”, continuou a professora.
O novo bioadesivo é composto de quitosana, uma forma quimicamente modificada de quitina, o bloco de construção natural encontrado nos exoesqueletos de moluscos e certos fungos.
Os pesquisadores modificaram a quitosana para ter um formato específico usando um processo mecanoquímico pioneiro, desenvolvido em estudos anteriores.
“Manipulamos quimicamente esse material para transformá-lo em nanoquitosana, que possui uma gama de propriedades diferentes que podemos refinar. Usando esse nanomaterial, podemos produzir o nanoadesivo”, disse a Dra. Audrey Moores.
Para aplicar o nanoadesivo, os pesquisadores utilizaram uma tecnologia de ultrassom exclusiva desenvolvida pelo grupo. Quando expostas a ondas sonoras, as nanoestruturas não apenas aderem firmemente à pele, como também se entrelaçam, formando uma estrutura rígida e resiliente que aumenta significativamente a resistência e a durabilidade do adesivo.
“Ficamos surpresos ao ver que o ultrassom foi fundamental para produzir um adesivo forte. Embora nossa estratégia inicial fosse fazer o nanoadesivo aderir à pele, também descobrimos que o ultrassom ajudou a construir uma rede complexa e interconectada de nossas nanoestruturas”, destacou a professora.
O bioadesivo também é totalmente biocompatível, mesmo para pessoas com alergia a frutos do mar.
“Pessoas alérgicas a frutos do mar não são alérgicas à quitina, mas às proteínas. Podemos removê-las no processo de fabricação e evitar reações alérgicas”, concluiu a pesquisadora.
Os resultados foram publicados na revista científica Nature Communications.
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Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Nature Communications (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade McGill (em inglês).
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