Notícia com publicação científica
Novos alvos contra tumores e doenças neurológicas podem estar no DNA
Anomalias no DNA podem danificar células, mas também constituem alvos para terapias mais eficazes contra o câncer e distúrbios do sistema nervoso
Pixabay
3 de julho de 2025, 07:12

Fonte

Universidade de Bolonha

Publicação Original

Universidade de Bolonha

Áreas

Bioinformática, Biologia, Bioquímica, Biotecnologia, Engenharia Biológica, Genética, Genômica, Microbiologia, Neurociências, Oncologia

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Resumo

Um estudo sobre a interferência dos  Quadruplexes de Guanina (G4s) na replicação do DNA –que afeta a instabilidade genômica – oferece uma nova perspectiva sobre a complexidade do controle da replicação do DNA.

Como estruturas ‘fora do padrão’, mas com papel importante na regulação das origens da replicação do DNA, os G4s podem ser novos alvos para futuros tratamentos de tumores e doenças neurodegenerativas.

Foco do Estudo

Melhorar a compreensão sobre como os Quadruplexes de Guanina podem afetar a instabilidade genômica de forma variável e ajudar a desenvolver patologias associadas a erros de replicação.

Estudo

No DNA humano, entre as sequências que guardam o código da vida, estão escondidos os Quadruplexes de Guanina (G4s): estruturas não canônicas – ou seja, que não seguem o padrão esperado – que se formam em regiões ricas em guanina e que podem regular as origens da replicação, ou os pontos de partida onde se inicia a duplicação do material genético.

Um estudo recente mostrou como o contexto genômico no qual os G4s se estabilizam influencia profundamente a maneira como eles interferem na replicação do DNA. Essas dinâmicas podem contribuir de forma diferente para a instabilidade genômica, abrindo caminho para novas terapias contra tumores e doenças neurodegenerativas.

A pesquisa foi coordenada pelo Dr. Giovanni Capranico, professor do Departamento de Farmácia e Biotecnologia da Universidade de Bolonha, na Itália, e publicado na revista científica Cell Reports.

No passado, o grupo de pesquisa liderado pelo professor Giovanni Capranico mostrou que a estabilização dos G4s podia induzir danos ao DNA e ativar genes envolvidos na resposta imune inata em células tumorais. Novas pesquisas mostraram que os efeitos da estabilização dependem crucialmente do contexto genético e da cromatina.

Compreender esses mecanismos é essencial não apenas para nos aprofundarmos na biologia celular básica, mas também para explorar as implicações clínicas relacionadas à variabilidade genética e às patologias associadas a erros de replicação, incluindo tumores

Dr. Giovanni Capranico, professor do Departamento de Farmácia e Biotecnologia da Universidade de Bolonha

Resultados

No estudo atual, os pesquisadores observaram que a estabilização dos G4s em regiões do genoma contendo genes ativamente transcritos, que geralmente são replicados no início da fase S do ciclo celular, leva à formação de estruturas particulares chamadas G-loops, que causam os chamados ‘conflitos de replicação/transcrição’, que podem causar quebras na fita dupla do DNA.

Entretanto, quando a estabilização dos G4s ocorre em regiões do genoma que contêm genes pouco ou nada transcritos, geralmente replicados no final da fase S do ciclo celular, é criado um obstáculo para a DNA polimerase, interferindo em sua passagem pela fita molde do DNA.

O estudo oferece, portanto, uma nova perspectiva sobre a complexidade do controle da replicação do DNA, destacando como as estruturas G4 podem contribuir para a instabilidade genômica de forma variável dependendo da região do genoma e do momento em que ocorre a duplicação.

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Autores/Pesquisadores Citados

Dr. Giovanni Capranico

Professor do Departamento de Farmácia e Biotecnologia da Universidade de Bolonha

Instituições Citadas

Universidade de Bolonha

Publicação

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a revista científica Cell Reports (em inglês).

Mais Informações

Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Bolonha (em italiano).

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