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Resumo
No último dia 27 de maio, o Hospital Moinhos de Vento realizou o evento ‘Grand Round – novas drogas no tratamento do Alzheimer: o estado da arte’. A iniciativa contou com a participação de especialistas convidados para a discussão dos conceitos e trouxe como abordagem os novos avanços para prevenção, diagnóstico e tratamento da doença.
A moderação do evento foi realizada pela Dra. Sheila Martins, chefe do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia do Hospital Moinhos de Vento, que promoveu a integração entre as ideias debatidas, frisando que a pesquisa transforma a realidade e avança em tratamentos: “As novas drogas são grandes esperanças e a combinação de tratamentos é o futuro da saúde. Esperamos seguir constantemente auxiliando nas pesquisas clínicas a fim de levarmos novas possibilidades para o mundo”.
O Dr. Wyllians Borelli, neurologista do Centro da Memória do Hospital Moinhos de Vento, abordou a mudança de diagnóstico clínico para biológico da doença, os estágios pré-demenciais, cada vez mais importantes para evidência, e o uso do donanemabe, novo medicamento para tratamento de Alzheimer aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), destacando que as drogas precisam ser analisadas sempre com riscos e benefícios, com alerta para a seleção de pacientes.
O neurologista explicou que um dos pontos-chave nos estudos de Alzheimer aconteceu em 2018, quando foi publicado o estudo em que se definiram critérios biológicos para diagnóstico de Alzheimer. “Nessa definição, foram avaliadas as alterações biológicas que ocorrem muito antes do aparecimento dos sintomas clínicos, ou seja, muito antes do esquecimento”, ressaltou. O Dr. Wyllians Borelli reforço que as medicações atualmente disponíveis não curam a doença, mas retardam o desenvolvimento dos sintomas.
O Dr. Eduardo Zimmer, professor do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), abordou o uso de biomarcadores no Brasil, a performance dos marcadores sanguíneos em evolução e o interesse do Ministério da Saúde em avançar em soluções diagnósticas. “É preciso entender que houve uma grande mudança nos últimos anos que observa o Alzheimer como uma doença biológica, iniciando muito antes da [doença] clínica. O entendimento da biologia trouxe um avanço gigante para compreensão da doença, uma vez que se entende a atuação das proteínas amiloide e tau na neurodegeneração e que elas podem se desenvolver – de fato – entre 20 e 30 anos antes do aparecimento de sintomas”, afirmou o professor. “Precisamos, cada vez mais, falar sobre a doença e fazer o estigma mudar, pois o Alzheimer tem uma fase biológica, e precisa ser divulgado cada vez mais”, completou.
O evento completo pode ser acessado no Canal do Hospital Moinhos de Vento no Youtube.
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Acesse o vídeo do evento Grand Round – novas drogas no tratamento do Alzheimer: o estado da arte.
Acesse a notícia original completa na página do Hospital Moinhos de Vento.
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