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Cientistas descobrem que o sistema imunológico fica mais ativo durante o dia
28 de maio de 2025, 11:08

Fonte

Jodi Yeats, Universidade de Auckland

Publicação Original

Áreas

Biologia, Imunologia, Metabolismo, Microbiologia

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Resumo

Um estudo inovador, liderado por cientistas da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, revelou como a luz do dia pode aumentar a capacidade do sistema imunológico de combater infecções.

Evidências já tinham mostrado anteriormente que a interrupção do relógio biológico, como mudanças de horário de trabalho ou jet lag, torna as pessoas mais suscetíveis a infecções. Os pesquisadores queriam descobrir o que contribuía para essa suscetibilidade.

Os pesquisadores se concentraram nas células imunes mais abundantes – os  neutrófilos – e usaram o peixe-zebra como organismo modelo. A composição genética do peixe-zebra é semelhante à dos seres humanos e eles podem ser criados para ter corpos transparentes, facilitando a observação de processos biológicos em tempo real.

Com o estudo, publicado na revista Science Immunology, os cientistas descobriam que os neutrófilos possuem um ‘relógio biológico’ que os alerta para o dia – através da influência da luz – e aumenta sua capacidade de matar bactérias.

Esses relógios moleculares estão presentes em quase todas as células e tecidos do corpo, informando sobre o que está acontecendo no mundo exterior e coordenando processos fisiológicos como metabolismo, liberação hormonal e ciclos de sono-vigília.

“Considerando que os neutrófilos são as primeiras células imunes a serem recrutadas para locais de uma inflamação, nossa descoberta tem implicações muito amplas para o benefício terapêutico em muitas doenças inflamatórias”, afirmou o Dr. Christopher Hall, professor do Departamento de Medicina Molecular e Patologia da Universidade de Auckland.

“Essa descoberta abre caminho para o desenvolvimento de medicamentos que têm como alvo o relógio circadiano dos neutrófilos para aumentar sua capacidade de combater infecções”, concluiu o pesquisador.

Também participaram do estudo pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, e da Universidade Leiden, nos Países Baixos.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor do Departamento de Medicina Molecular e Patologia da Universidade de Auckland

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