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Novo conhecimento sobre metástases: cientistas descobrem que a movimentação de aglomerados de células cancerígenas é mais comum do que se imaginava
7 de maio de 2025, 19:27

Fonte

Keila DePape, Universidade McGill

Publicação Original

Áreas

Biologia, Hematologia, Medicina, Microbiologia, Oncologia

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Resumo

Uma pesquisa colaborativa liderada pela Universidade McGill, no Canadá, avançou no conhecimento sobre como o câncer se espalha – um processo conhecido como metástase.

A metástase acontece quando células tumorais circulantes se separam dos tumores, entram na corrente sanguínea e espalham novos tumores em outras partes do corpo. Em raras ocasiões, as células tumorais circulantes se separam como um grupo de células que se unem umas às outras e formam um aglomerado celular.

Recentemente, um estudo clínico com pacientes com câncer de ovário e colorretal descobriu que as células cancerígenas se movem na corrente sanguínea em grupos com mais frequência do que se imaginava.

A descoberta pode ajudar os médicos a identificar mais rapidamente quais pacientes com câncer apresentam alto risco de metástase, conhecimento que pode orientar sobre o tratamento mais adequado ou ajudar a desenvolver novos tratamentos.

O estudo, publicado na revista científica Communications Medicine, foi conduzido pela Dra. Anne-Marie Mes-Masson e Dra. Diane Provencher, pesquisadoras do Centro de Pesquisa do Centro Hospitalar da Universidade de Montreal (CRCHUM); pelo Dr. Peter Metrakos, pesquisador do Centro de Saúde da Universidade McGill (MUHC) e professor do Departamento de Cirurgia da Universidade McGill e pelo Dr. Luke McCaffrey, pesquisador do Instituto de Câncer Rosalind & Morris Goodman, afiliado à Universidade McGill.

Os pesquisadores realizaram a descoberta usando um novo método de microfiltração que desenvolveram para capturar aglomerados de células cancerígenas que viajam pela corrente sanguínea.

A tecnologia se baseia em uma membrana de microfiltro ultrafina, que retém células cancerígenas e aglomerados de células cancerígenas, enquanto permite a passagem de células sanguíneas menores.

“Nós levantamos a hipótese de que os métodos de filtração existentes poderiam estar quebrando os aglomerados durante o processamento da amostra. Então, desenvolvemos um método mais suave para isolar esses aglomerados sem que o sangue os quebrasse. Usando isso, encontramos muito mais aglomerados de células tumorais circulantes do que se tinha observado anteriormente”, disse o Dr. David Juncker, professor e chefe do Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade McGill e coautor sênior do estudo.

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Autores/Pesquisadores Citados

Pesquisadora do Centro Hospitalar da Universidade de Montreal (CRCHUM)
Pesquisador do Centro de Saúde da Universidade McGill (MUHC) e professor do Departamento de Cirurgia da Universidade McGill
Pesquisador do Instituto de Câncer Rosalind e Morris Goodman
Professor e chefe do Departamento de Engenharia Biomédica da Universidade McGill
Professora da Universidade de Montreal e pesquisadora do Centro Hospitalar da Universidade de Montreal (CRCHUM)

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