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Deficiência de ferro: novo teste poderá ser feito em casa
22 de abril de 2025, 10:35

Fonte

Beth Hart, Escola de Medicina da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign

Publicação Original

Áreas

Análises Clínicas, Biomedicina, Bioquímica, Estudo Clínico, Metabolismo, Nutrição Clínica, Suplementos

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Resumo

Um novo teste não invasivo e domiciliar, em desenvolvimento por estudantes da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, nos EUA, pretende fornecer um alerta precoce de deficiência de ferro sem a necessidade de um exame de sangue.

O novo sistema de tiras de teste desenvolvido utiliza fluidos corporais, como a urina, para detectar marcadores que indiquem a deficiência de ferro.

O teste oferece uma alternativa conveniente e acessível à coleta de sangue para populações de risco, incluindo mulheres jovens, atletas, crianças, idosos, pessoas em dietas especiais e moradores de comunidades de baixa renda.

Especialistas estimam que até 40% da população mundial apresenta deficiência de ferro no sangue, mas muitas dessas pessoas não são diagnosticadas.

Os sintomas leves são inespecíficos e podem incluir fadiga, fraqueza, tontura, comprometimento cognitivo e queda de desempenho em atletas. Com o tempo, a deficiência de ferro pode progredir para anemia ferropriva e levar a problemas cardíacos e pulmonares, complicações na gravidez em mulheres e atrasos no desenvolvimento em crianças.

“É importante detectar a deficiência de ferro precocemente (…) Ao tornar a triagem para deficiência de ferro mais acessível, podemos garantir que mais pessoas recebam os cuidados de que precisam, melhorando os resultados de saúde pública em larga escala”, destacou Jeffrey Lu, CEO da startup Ferritiva e estudante de Medicina na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign que desenvolveu o novo sistema como uma alternativa acessível e econômica, em conjunto com colegas dos cursos de Engenharia, Computação e Negócios.

A tecnologia requer apenas uma amostra de urina, em vez de sangue, aplicada a uma tira de teste especial que pode detectar marcadores de deficiência de ferro. Um resultado positivo sinalizaria uma provável deficiência de ferro.

Para melhorar a tecnologia, a equipe está desenvolvendo um sensor que usaria tecnologia de reconhecimento de imagem nas tiras para quantificar o nível de ferro.

Os primeiros estudos do novo sistema de triagem estão em andamento na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign e no Carle Foundation Hospital, com foco em atletas e crianças.

Os estudantes e seus orientadores pretendem conduzir ensaios clínicos comparando os resultados das tiras de teste com exames de sangue para deficiência de ferro para então firmar parcerias com fabricantes para produção em larga escala.

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