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Em pessoas com distúrbio do sono específico, demência pode ser detectada precocemente através de biomarcadores no sangue
14 de março de 2025, 17:08

Fonte

Keila DePape, Universidade McGill

Publicação Original

Áreas

Análises Clínicas, Biomedicina, Hematologia, Neurociências, Neurologia, Psiquiatria

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Resumo

Para pessoas com transtorno comportamental do sono REM idiopático (iRBD), um simples exame de sangue pode ajudar a prever o desenvolvimento de demência anos antes que os sintomas apareçam.

Esse é o resultado de um novo estudo publicado na revista científica Brain por pesquisadores da Universidade McGill, do Hospital du Sacré-Coeur de Montreal e da Universidade de Quebec em Montreal, no Canadá; da Roche Diagnostics, na Alemanha e do Centro de Inovação da Roche em Basileia, na Suíça.

O transtorno comportamental do sono REM idiopático faz com que as pessoas representem fisicamente seus sonhos enquanto dormem. O transtorno também está associado a um risco significativo de doença de Parkinson e a uma condição relacionada chamada Demência por Corpos de Lewy. Esta é uma forma de demência que frequentemente causa perda de memória e cognitiva, bem como alucinações visuais vívidas e dificuldades de movimento semelhantes à doença de Parkinson.

Os pesquisadores descobriram que um exame de sangue, originalmente desenvolvido para detectar a doença de Alzheimer, também pode identificar quais pacientes com o transtorno iRBD têm maior probabilidade de desenvolver Demência por Corpos de Lewy. Duas proteínas no sangue servem como biomarcadores: o marcador plasmático amiloide e a pTau181.

“Detectar o risco de demência precocemente pode ter implicações significativas na forma como os médicos orientam os pacientes, ajudando-os a planejar o futuro e potencialmente permitindo tratamentos mais personalizados e eficazes”, disse o Dr. Ronald Postuma, professor do Departamento de Neurologia da Universidade McGill.

Os pesquisadores acompanharam 150 pacientes com iRBD, realizando exames de sangue para os biomarcadores e monitorando sua saúde anualmente. Os resultados de exame de sangue, feito quatro anos antes, previu a demência em quase 90% dos pacientes que mais tarde desenvolveram a doença.

O estudo também sugere que os estágios iniciais da doença de Parkinson e do Alzheimer têm mais em comum do que se pensava anteriormente.

Agora, os pesquisadores planejam expandir o estudo para confirmar a efetividade do exame na previsão do risco de demência em pacientes com doença de Parkinson diagnosticada, bem como em outras populações em risco de demência por corpos de Lewy.

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Autores/Pesquisadores Citados

Professor do Departamento de Neurologia da Universidade McGill

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