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Pesquisa da UFSCar sobre dor neonatal e empatia clínica com recém-nascidos busca participação de profissionais da saúde
13 de março de 2025, 14:49

Fonte

Gisele Bicaletto, UFSCar

Publicação Original

Áreas

Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Neonatologia, Saúde da Criança

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Resumo

Uma pesquisa liderada pela Dra. Cristina Ortiz, professora de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) busca encontrar relação entre a empatia clínica e a dor do recém-nascido, a partir do conhecimento das práticas de pediatras, enfermeiros e fisioterapeutas. A pesquisadora convida profissionais de todo o País para responderem questionário sobre a temática.

De acordo com a professora Cristina Ortiz, embora não haja uma definição única, a empatia clínica é a empatia que ocorre nos cuidados em saúde: “[A empatia clínica] envolve a relação paciente-profissional, no campo individual, centrado no paciente. Compreende o entendimento da perspectiva do paciente, o compartilhamento de emoção e uma ação resultante, sem contudo perder a noção do eu-ele. Nós, enquanto profissionais, jamais saberemos exatamente o que se passa com o outro, mas é fundamental que tenhamos essa intenção de forma a ajudá-lo”.

No caso de recém-nascidos, o manejo da dor tem particularidades e a professora destaca a incapacidade de comunicação verbal desses bebês, tornando-se primordial outras formas de comunicação. “Além disso, os remédios que são usados para adultos, nem sempre são seguros para esta faixa etária. O metabolismo dos medicamentos também é diferente, devendo ser levado em consideração”, exemplificou.

De acordo com a pesquisadora, existem escalas para avaliação da dor neonatal, mas as práticas estão aquém do desejado no que se refere ao treinamento direcionado para essa avaliação. “Nesse sentido, entender a perspectiva do bebê, compartilhar esta perspectiva e emoção envolvida e agir em resposta a isto pode contribuir para a mudança destas práticas”, defendeu.

A preparação para o atendimento qualificado à dor neonatal é uma questão importante e que demanda ações de treinamento e capacitação desses profissionais.

A expectativa da atual pesquisa é encontrar relação entre a empatia e as práticas em dor. A professora apontou que, se isto for comprovado, será sugerido que os treinamentos em dor incorporem a empatia clínica em seu conteúdo.

Os profissionais interessados em colaborar com o estudo podem acessar o formulário até o final do mês de março de 2025.

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