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Cientistas da Universidade de Sydney e da Universidade de Nova Gales do Sul (UNSW), na Austrália, estão usando Zwitterions – uma macromolécula comum encontrada em células humanas – para criar materiais que possam impedir a formação de coágulos sanguíneos em dispositivos médicos e implantes.
Válvulas cardíacas e stents desempenham um papel crucial em salvar vidas. Mas proteínas no sangue podem aderir aos implantes médicos, acumulando-se ao longo do tempo e formando coágulos. Muitas vezes, essa situação requer cirurgia invasiva para remover ou substituir o implante.
“Os implantes médicos estão constantemente sob pressão para funcionar no corpo humano. Uma válvula cardíaca está constantemente sob alta pressão para bombear sangue, abrindo e fechando meio bilhão de vezes ao longo de 10 anos”, disse o Dr. Sina Naficy, professor da Universidade de Sydney que lidera uma equipe de pesquisa que desenvolve válvulas cardíacas mais resistentes a coágulos sanguíneos.
“A vida útil média atual dos implantes de válvulas cardíacas existentes é de menos de 10 anos e sempre há um risco de degradação ou ocorrência de complicações. Ao usar materiais revestidos com Zwitterion, pretendemos diminuir o risco de coágulos sanguíneos e aumentar a vida útil das válvulas cardíacas e outros implantes médicos”, destacou o professor Naficy.
O objetivo dos pesquisadores é projetar materiais que possam estender a vida útil dos implantes médicos.
Atualmente, a equipe criou um revestimento zwitteriônico onde, em áreas do material que receberam o revestimento de apenas alguns nanômetros de espessura, foi criada com sucesso uma camada de água, como uma armadura aquosa.
“Atualmente, estamos explorando novas formulações capazes de serem quimicamente fixadas à superfície de qualquer tipo de implante (feito de tecidos, metais ou plásticos/borrachas) com o objetivo de reduzir suas interações com o sangue”, disse o Dr. Sepehr Talebian, pesquisador da Universidade de Sydney.
Os pesquisadores publicaram recentemente um estudo de revisão na revista científica Cell Biomaterials sobre o potencial dos Zwitterions na Biomedicina, fornecendo um plano detalhado para o design de tecnologias de revestimento de superfícies.
“Há um grande potencial [na aplicação de Zwitterions], mas qual é a melhor maneira de usar os Zwitterions? Qual é a espessura ideal do revestimento? Qual concentração devemos usar? Não podemos simplesmente mergulhar uma válvula cardíaca artificial na substância Zwitteriônica sem investigar as melhores condições”, concluiu o professor Sepehr Talebian.
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Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a revista científica Cell Biomaterials (em inglês).
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Acesse a notícia original completa na página da Universidade de Sydney (em inglês).