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Em nova plataforma, pesquisadores avançam na descoberta de moléculas contra leucemias de alto risco em crianças
18 de janeiro de 2025, 10:42

Fonte

Myreille Larouche, Universidade de Montreal

Publicação Original

Áreas

Bioinformática, Biotecnologia, Desenvolvimento de Fármacos, Farmácia Oncológica, Indústria Farmacêutica, Medicina de Precisão, Microbiologia

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Resumo

Terapias direcionadas à leucemia de alto risco em crianças ainda precisam ser desenvolvidas, mas uma equipe de pesquisa liderada por pesquisadores da Universidade de Montreal e do Institute for Research in Immunology and Cancer (IRIC), com a colaboração de cientistas do Centro Hospitalar CHU Saint Justine, da Universidade Laval, do Centro de Saúde da Universidade McGill (MUHC) e da Universidade da Colúmbia Britânica, todas instituições no Canadá, estão trabalhando em uma plataforma para descoberta de medicamentos em larga escala que pode facilitar esse caminho.

Safia Safa-Tahar-Henni, doutoranda no laboratório do professor Brian Wilhelm, na Universidade de Montreal, testou mais de 11.000 moléculas quanto à capacidade de inibir a sobrevivência e o crescimento de células de leucemia humana.

Os resultados foram publicados recentemente na revista científica Leukemia.

As células foram obtidas de três fontes: amostras de pacientes com leucemia, modelos de leucemia humana gerados em laboratório e linhagens de células de leucemia humana estabelecidas.  E os pesquisadores observaram diferenças importantes nas respostas da terceira fonte de células – as linhagens de células de leucemia humana –  em relação às duas primeiras fontes.

“Descobrimos que o uso de linhagens de células leucêmicas pode levar a resultados enganosos na descoberta de medicamentos”, disse o Dr. Brian Wilhelm. “Essas linhagens de células não crescem da mesma forma que as células provenientes de pacientes.”

A eficácia dos experimentos de descoberta de medicamentos, portanto, depende muito da fonte das células usadas nos estudos, esclareceu o pesquisador.

No total, os cientistas encontraram 12 moléculas com potencial antileucêmico.

“As moléculas que identificamos não são apenas capazes de matar várias células de leucemia, mas também múltiplas células de mieloma, outro tipo de câncer de sangue mortal”, destacou o professor Brian Wilhelm.

“Além disso, essas moléculas foram selecionadas especificamente porque eliminam células cancerígenas sem afetar células normais. Essa nuance é crucial para o desenvolvimento de tratamentos direcionados que causam menos efeitos colaterais”, completou o professor.

Os cientistas do IRIC estão agora selecionando dezenas de novas versões dessas moléculas para estudos posteriores e esperam, em um futuro próximo, fazer avanços significativos na identificação de tratamentos anticâncer mais eficazes.

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Autores/Pesquisadores Citados

Doutoranda na Universidade de Montreal
Professor da Universidade de Montreal

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