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Sara Machado, FCTUC
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Resumo
Pesquisadores da Universidade de Coimbra, em Portugal, lideram o projeto House Refuge, que tem foco em ações inovadoras e com sustentação científica para proteger vidas e propriedades em casos de incêndios na interface urbano-florestal.
Os pesquisadores pretendem contribuir na definição de medidas de proteção de pessoas e construções em regiões de vulnerabilidade à ocorrência de incêndios, incluindo ações passivas e ativas.
Os grandes incêndios florestais que acontecem todos os anos em várias partes do mundo mostram a urgência de novas abordagens envolvendo segurança e construção civil.
Em Portugal, o projeto House Refuge, liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), combina ciência, tecnologia e práticas construtivas para avançar na proteção de vidas e propriedades em situações de catástrofe.
Com as mudanças climáticas intensificando a frequência e severidade dos incêndios florestais, as capacidades dos meios de proteção civil podem ser insuficientes em cenários extremos.
Segundo o Dr. Miguel Almeida, pesquisador principal do projeto, “é essencial que a população adote medidas de autoproteção eficazes. Este projeto visa criar diretrizes que ajudam os cidadãos a transformar as suas habitações em abrigos seguros, usando técnicas passivas, como a gestão apropriada de combustíveis, boas práticas construtivas e técnicas ativas, como sistemas de aspersão”.
Considerando as vulnerabilidades mostradas por construções em todo o mundo, os pesquisadores desenvolveram diversos estudos nos últimos anos, concluindo que as casas tradicionais, quando bem concebidas e mantidas, podem servir como locais seguros em caso de incêndio, desde que rodeadas por áreas de proteção adequadas.
O projeto House Refuge é um passo decisivo para que Portugal avance na sua capacidade de enfrentar incêndios na interface urbano-florestal, integrando componentes de proteção civil, sustentabilidade e inovação tecnológica. Com uma abordagem multifacetada, o projeto promete criar comunidades mais resilientes e preparadas para o futuro
O projeto propõe uma abordagem flexível e cientificamente sustentada, adaptada à topografia e vulnerabilidade do local, com o uso mais frequente de técnicas ativas de autoproteção, como sistemas de aspersão ou mesmo sistemas mais inovadores, como telas anti-incêndio.
“Quando a urbanização ou a proteção de valores ecológicos limita a criação de faixas de segurança passivas com dimensões legalmente exigidas ou efetivamente necessárias, os sistemas de aspersão de água podem atuar como uma barreira adicional contra a progressão das chamas, devendo servir como uma medida compensatória que permita flexibilizar a necessidade de uma faixa tão larga [de proteção]”, destacou o Dr. Miguel Almeida.
O projeto House Refuge alcançou avanços significativos, incluindo a compilação de legislação nacional e internacional no âmbito da proteção de construções contra incêndios rurais, assim como a análise de estudos de caso. Estes esforços visam informar e influenciar futuras reformas legais e orientar melhores práticas construtivas.
Entre os resultados obtidos até ao momento, os pesquisadores propuseram recomendações para legislação – adaptada à realidade portuguesa e às especificidades da interface urbano-florestal – e a definição de melhores práticas construtivas para mitigar riscos em áreas rurais.
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Autores/Pesquisadores Citados
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